O Domingo mal tinha começado aqui no Brasil quando em Arequipa a Seleção sub20 começou a desfilar sua melhor apresentação no Sulamericano da categoria.
Foi o primeiro jogo em que os brasileiros jogaram concentrados, deixaram a arbritagem de lado e não revidaram as faltas duras. Talvez o excesso de gracejos de Neymar, o maior artilheiro do Brasil na história da competição, com 9 gols.
Lucas, assim como afirmou o excelente técnico Ney Franco, foi o símbolo da esquadra verde e amarela. O ex-Marcelinho destroçou os uruguaios com seriedade, buscando sempre a meta adversária, resultado: três gols, uma assistência e um quase gol de placa.
A Celeste volta aos Jogos Olímpicos muito tempo depois de receber o apelido de Olímpica. Essa geração é tão promissora quanto a brasileira, e assim como a daqui precisa aprender a controlar os nervos.
Não considero o Brasil um supertime. Tem ótimos valores individuais e um treinador que soube tirar o máximo, mesmo que com muito sacrifício, de todos os atletas. No final a coletividade até apareceu, mas esse talvez seja o maior defeito desses meninos. Para grande parte é cada um por si.
Merecem destaque os goleiros e zagueiros, os laterais direitos saíram-se melhores que os esquerdos, mas continuo achando que Gabriel Silva seja melhor que Alex Sandro. Os volantes Fernando e Casemiro são muito bons mas pecam por exagerarem em algumas jogadas de efeito num péssimo lugar pra se perder a bola. Zé Eduardo, que começou como titular, não me agradou nenhum pouco.
Oscar demorou para mostrar o mínimo que já se esperou dele. alan Patrick não aproveitou. Lucas e Neymar decidiram quase todos jogos para a Seleção, estão muito a frente dos outros e, para felicidade de Mano Menezes, devem crescer ainda mais. William, Henrique e Diego Maurício foram bem mas não se destacaram tanto, ou pelo brilho do 7 e do 10 ou por ainda não estarem tão prontos.
Ney Franco teve grandes méritos e já crava seu nome na lista de técnicos mais vencedores. Trabalhou para arrumar um esquema equilibrado, para criar um time unido e baixar o ego de jovens talentos, que tantas vezes atrapalham o Brasil. Agora é esperar que o sucesso não suba a cabeça e que venha o Mundial na Colômbia e as Olimpíadas em Londres.
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